Exercícios Espirituais Cristo em vós

Cristo em vós são Exercícios Espirituais no dia-a-dia. É uma proposta para viver a espiritualidade paulina seguindo o método Verdade, Caminho e Vida, a partir da Palavra de Deus e de Exercícios de Leitura Orante da Palavra. São Exercícios propostos pelo bem-aventurado Tiago Alberione e fazem parte do carisma paulino.

Mostrando postagens com marcador dons. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador dons. Mostrar todas as postagens

sábado

Exercícios Espirituais na Vida Cotidiana- 1ª Etapa - 4ª Semana

   O pecado e a conversão.
 Retorno ao Pai.
Determinação especial a cumprir bem a vontade de Deus.
Reordenar a vida.
Somos argila nas mãos de Deus.
São Paulo diz:
“Ele é quem nos fez.
Nós somos criados em Jesus Cristo para as boas obras”
(Ef 1,10)
O que é pecado?  A grande pergunta.
O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a reta consciência. Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC), é uma falha contra o verdadeiro amor para com Deus e para com o próximo, por causa dum apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e atenta contra a solidariedade humana. Foi definido como uma palavra, um ato ou um desejo contrários à Deus.
O pecado é uma ofensa a Deus: «Pequei contra Vós, só contra Vós, e fiz o mal diante dos vossos olhos» (Sl 51, 6). O pecado é contrário ao amor que Deus nos tem e afasta d'Ele os nossos corações. É, como o primeiro pecado, uma desobediência, uma revolta contra Deus, pela vontade de os homens se tornarem «como deuses», conhecendo e determinando o que é bem e o que é mal (Gn 3, 5). Assim, o pecado é «o amor de si próprio levado até ao desprezo de Deus». Por esta exaltação orgulhosa de si mesmo, o pecado é diametralmente oposto à obediência de Jesus, que realizou a salvação.
Deus quer que reconheçamos os nossos pecados. Mesmo os que nunca assassinaram ou cometeram adultério serão condenados por mentir, ou por cultuar falsos ídolos, como os ídolos da riqueza ou de poder, ao invés de adorar a Deus apenas.
(Cf. CIC 1849-1850).

Reflexão sobre os caminhos de Deus
O catecismo da Igreja Católica (CIC) nos orienta nos caminhos de Deus.
O decálogo, o sermão da montanha e a catequese  descrevem-nos os caminhos que conduzem ao Reino dos céus. Por eles avançamos, passo a passo, pelos atos de cada dia, amparados pela graça do Espírito Santo. Fecundados pela Palavra de Cristo, pouco a pouco, damos frutos na Igreja para a glória de Deus.
Deus criou o homem racional, conferindo-lhe a dignidade de pessoa dotada de iniciativa e do domínio dos seus próprios atos.

A pessoa é um ser livre
O homem é racional e, por isso, semelhante a Deus, criado livre e senhor dos seus atos.
A liberdade é o poder, radicado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, praticando assim, por si mesmo, ações deliberadas. Pelo livre arbítrio, cada qual dispõe de si. A liberdade é, no homem, uma força de crescimento e de maturação na verdade e na bondade. E atinge a sua perfeição quando está ordenada para Deus.

Enquanto se não fixa definitivamente no seu bem último, que é Deus, a liberdade implica a possibilidade de escolher entre o bem e o mal, e portanto, de crescer na perfeição ou de falhar e pecar. É ela que caracteriza os atos propriamente humanos. Torna-se fonte de louvor ou de censura, de mérito ou de demérito.
Quanto mais o homem fizer o bem, mais livre se torna. Não há verdadeira liberdade senão no serviço do bem e da justiça.

O que leva a pecar
A opção pela desobediência e pelo mal é um abuso da liberdade e conduz à escravidão do pecado.
Uma intenção boa (por exemplo: ajudar o próximo) não torna bom nem justo um comportamento em si mesmo desordenado (como a mentira e a maledicência). O fim não justifica os meios. Assim, não se pode justificar a condenação dum inocente como meio legítimo para salvar o povo. Pelo contrário, uma intenção má acrescentada (por exemplo, a vanglória) torna mau um ato que, em si, pode ser bom (como a esmola)

Presente no coração da pessoa, a consciência moral leva-a, no momento oportuno, a fazer o bem e a evitar o mal. E também julga as opções concretas, aprovando as boas e denunciando as más. Ela atesta a autoridade da verdade em relação ao Bem supremo, pelo qual a pessoa humana se sente atraída e cujos mandamentos acolhe. Quando presta atenção à consciência moral, o homem prudente pode ouvir Deus a lhe falar. (Cf. CIC 1724-1777).



Pedido: Peço a graça de uma contínua conversão ao amor de Deus.

Segunda-feira           Gn 3,1-24            O pecado de Adão e Eva 
Terça-feira               Jer 7,3-11             O pecado - ruptura com Deus 
Quarta-feira             Bar 1,15-22          O pecado: ser surdo a Deus
Quinta-feira             Ez 36,25-28           Dá-me um coração novo
Sexta-feira              Sl 51 (50)               Pequei, Senhor, misericórdia
Sábado                   Is 64, 5-8               Somos argila

Virtudes
Podemos nos examinar, à luz da Palavra de Deus e das virtudes.
A virtude é uma disposição habitual e firme para praticar o bem.

As virtudes humanas são disposições estáveis da inteligência e da vontade, que regulam os nossos atos, ordenam as nossas paixões e guiam o nosso procedimento segundo a razão e a fé. Podem ser agrupadas à roda das quatro
 Virtudes cardeais
 prudência, justiça, fortaleza e temperança.

A prudência dispõe a razão prática para discernir, em todas as circunstâncias, o verdadeiro bem e para escolher os justos meios de o realizar.

 A justiça consiste na constante e firme vontade de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido.

 A fortaleza assegura, no meio das dificuldades, a firmeza e a constância na prossecução do bem.

 A temperança modera a atracção dos prazeres sensíveis e proporciona equilíbrio no uso dos bens criados.

 As virtudes morais desenvolvem-se pela educação, por atos deliberados e pela perseverança no esforço. A graça divina purifica-as e eleva-as.

 As virtudes teologais dispõem os cristãos para viverem em relação com a Santíssima Trindade. Têm, Deus por origem, motivo e objecto – Deus conhecido pela fé, esperado e amado por si mesmo.
 
Virtudes teologais

São três as virtudes teologais: fé, esperança e caridade. Informam e vivificam todas as virtudes morais.

Pela fé, cremos em Deus e em tudo quanto Ele nos revelou e a santa Igreja nos propõe para acreditarmos.

Pela esperança, desejamos e esperamos de Deus, com firme confiança, a vida eterna e as graças para a merecer.

Pela caridade, amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. A caridade é o «vínculo da perfeição» (Cl 3, 14) e a forma de todas as virtudes.


 Os sete dons do Espírito
Os sete dons do Espírito Santo, concedidos aos cristãos, são: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus.  (Cf. CIC 1834-1845).