Em que consiste o pecado?
Pedido: A graça da consciência do pecado.
Segunda-feira - Is 59, 1-2. 20-21 - A pessoa se separa de Deus.
Terça-feira - 2Sm 11, 1-17 - O pecado supõe um processo: tentação interna ou externa, consentimento e execução.
Quarta-feira - Gn 3,1-1-19 - O pecado é uma desobediência e uma revolta contra Deus, por vontade de tornar-se "como Deus", (CIC 1850). É orgulho e prepotência.
Quinta-feira - Gl 5,19-21 - O pecado são obras da carne que se opõem ao Espírito.
Sexta-feira - Mt 25,31-46 - Causas do pecado: relativismo cultural e ético e o secularismo que obscurece o sentido de Deus e do pecado. São "estruturas de pecado"
Sábado - Mt 5,17-48 - Formas diversas de pecados:
Por razão da pessoa ofendida: contra Deus, contra o próximo,
contra si mesmo, contra a convivência social.
- Em relação ao estado da consciência: atual, habitual, material, formal, interno, externo.
- Por razão da gravidade: mortal, venial.
- Por razão do autor: original, pessoal, social.
- Por razão do modo: de comissão, de omissão.
- Por razão da atenção: deliberado, semi-deliberado.
- Por razão da sua especial gravidade e desordem: capital, que clama ao céu, contra o Espírito Santo.
O cardeal Carlo Maria Martini, de feliz memória falava do pecado, respondendo a uma senhora que se dizia preocupada com jovens condenados a um manicômio. Disse ele:
" Gostaria de gritar mais uma vez que o ser humano é maior do que o seu pecado,
o ser humano é maior do que os seus erros,
o ser humano, por mais culpado que seja, continua sendo ser humano.
As suas fragilidades,
os dramas que o habitam,
as monstruosidades que pode ter cometido ofuscam,
desbotam, mas não apagam a sua dignidade que, ao contrário,
a sociedade é chamada a reconstruir,
a limpar,
a educar,
a medicar.
Jesus diz: "As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes. Eu não vim para chamar justos, e sim pecadores" (Marcos 2, 17).
E se a sociedade tem o dever da justiça,
ela é destinada a recuperar todo o possível do humano que há em cada ser humano,
todo o bem que nele permaneceu.
Quem deixa o ser humano na sua culpabilidade,
quem o esculpe dentro dela, não é muito diferente do próprio culpado.
Desejo que o mundo sintonize o seu coração com o deste que escreve e que jamais ocorra,
por questões de dinheiro ou de simples desinteresse,
que homens e mulheres sejam abandonados aos seus erros e às suas doenças."
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