Exercícios Espirituais Cristo em vós

Cristo em vós são Exercícios Espirituais no dia-a-dia. É uma proposta para viver a espiritualidade paulina seguindo o método Verdade, Caminho e Vida, a partir da Palavra de Deus e de Exercícios de Leitura Orante da Palavra. São Exercícios propostos pelo bem-aventurado Tiago Alberione e fazem parte do carisma paulino.

sexta-feira

Exercícios Espirituais na Vida Cotidiana - Via Iluminativa - 2ª Etapa - 10ª Semana

 Busca da felicidade

GLÓRIA AO FILHO
Permitir que Jesus Cristo viva em nós
Já vivenciamos  as quatro semanas da 1ª etapa: Via Purificativa. Vivenciamos também as cinco primeiras semanas da 2ª etapa. Agora,  na 2ª Etapa, faremos as Semanas de 10ª a 14ª .
Os Exercícios são feitos com o Método Paulino Verdade Caminho e Vida, com a Leitura Orante.  Tudo requer muitos exercícios e muita oração.
O Espírito fará crescer Jesus em  mim, em nós.
O objetivo é  chegar ao “Todo Jesus em toda a pessoa”
Jesus Verdade – santificação da mente.
                  Jesus  Caminho – santificação da vontade
                              Jesus  Vida –  santificação do coração.  

Roteiro de oração
O bem-aventurado Alberione nos orienta:  
“Como iniciar?
Oferecendo tudo a Deus,
tudo aceitando da mão de Deus,
começando bem, imediatamente, de boa vontade;
continuar, sob o olhar de Deus,
terminando humildemente, completamente. (DF 48).


 Alberione também nos sugere uma postura:

“sentemo-nos a seus pés e digamos:
 Vós sois o Caminho, quero seguir vossos passos
 e imitar vossos exemplos.
Vós sois a Verdade: iluminai-me!

Vós sois a Vida: dai-me a vossa graça!”

2º No Corpo de Cristo (1Cor 12,27ss), do qual sou membro, acolho a todos os outros membros formando com eles uma “comunidade orante” .


Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho,
 tu estás em mim, falas em mim, rezas em mim, ages em mim. 
Ensina-me a fazer espaço à tua Palavra, à tua oração, à tua ação em mim
 para que eu possa conhecer o mistério da vontade do Pai.  Amém.

Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo
( Momento de silêncio para acolher a todos que fazem parte deste Corpo).


Leitura Orante
1. LEITURA (Verdade)- O que diz o texto ?
Leio, na Bíblia,  o texto indicado para o dia (veja abaixo), devagar, e atentamente. Releio. Demoro em alguma expressão.
E rezo com Alberione:
Mestre, tu tens palavras de vida eterna:
Substitui a minha mente, os meus pensamentos pelos teus,
ó Tu que iluminas todo homem e és a própria verdade:
 eu não quero raciocinar senão como Tu ensinas,
 nem julgar   senão conforme os teus julgamentos,
 nem pensar senão a Ti verdade substancial, dada a mim pelo Pai: 
“Vive na minha mente, ó Jesus verdade”.
 (DF 39).

2. MEDITAÇÃO (Caminho)- O que o texto diz para mim?
Recordo outros textos bíblicos relacionados. Atualizo, trazendo o texto para hoje. Faço o exame de consciência, como orienta o Bv. Alberione:
1. Recordação da vida
: Recordo os momentos e as situações em que percebi a presença de Deus.
2.
Agradecimento. Agradeço a Deus por todas as graças recebidas desde o último exame.
3.
Exame: examino-me desde a hora em que me despertei até o presente, sobre os pensamentos, palavras, ações, sentimentos.
4.
Arrependimento: Peço perdão a Deus pelas faltas.
5.
Proponho-me viver conforme à vontade de Deus. Rezo:


Mestre, a tua vida é preceito, caminho, segurança.
Desde o Presépio, Nazaré, o Calvário, é tudo um caminho.
Aquilo que tu queres, eu quero; estabelece a tua vontade no lugar da minha vontade.

 (DF 39).
3. ORAÇÃO (Vida)- O que o texto me faz dizer a Deus?
Faço, em silêncio, oração de ação de graças, pedidos e adoração. E rezo:


Mestre, ao meu coração, se substitua o teu.
Ao meu amor a Deus, ao próximo, a mim mesmo, se substitua o teu.
À minha vida humana pecadora, se substitua a tua divina.
Para colocar-Te em mim, cuidarei especialmente 
da Comunhão, da Santa Missa, da Visita ao Santíssimo Sacramento, da devoção à Paixão. 
E esta vida possa se manifestar nas obras, assim como aconteceu com São Paulo.
Vive em mim, ó Jesus Vida.
 (DF 40)

4. CONTEMPLAÇÃO/ MISSÃO (Vida)- Qual o novo olhar que a leitura, a meditação e a oração despertaram em mim?
Assumo um compromisso. E anoto, a cada dia, numa agenda, a síntese da oração:

VERDADE (Palavra mais forte)................................
CAMINHO (sentimentos e apelos) ..........................
VIDA (compromisso) ...............................................
Finalizo, fazendo o

Oferecimento do Dia
Adoro-vos, meu Deus, amo-vos de todo o meu coração.
Agradeço-vos porque me criastes, me fizestes cristão, me conservastes a vida e a saúde.
Ofereço-vos o meu dia: que todas as minhas ações correspondam à vossa vontade.
E que faça tudo para a vossa glória e
a paz das pessoas.
Livrai-me do pecado, do perigo e de todo o mal.
Que a vossa graça, benção, luz e presença permaneçam sempre comigo
e com todos aqueles que eu amo. Amém.



10ª SEMANA: Busca da felicidade ou Indiferença (I)
As coisas são importantes e devem ser valorizadas enquanto ajudam a “viver e comunicar Jesus”. Para Alberione, a indiferença supõe: ser superior, abster-se  e assumir.

Pedido: Peço a graça do desprendimento, acolher tudo com os olhos de Deus, sem  me apossar de nada.

Segunda-feira    Fl 3, 7-12          Amor-próprio (perda) e amor de Deus (ganho)   (LO)
Terça-feira          2Cor 12, 7-10    Deus age na nossa  fraqueza  (LO)
Quarta-feira        Mc 8,34-36      “Se alguém vier atrás de  mim...” (LO)
Quinta-feira        Ef 5,1-20           Frutos da luz ... (LO)
Sexta-feira          Fl 2,1-11           Exemplo de Cristo (LO)
Sábado               Mc 10,17-22    Que renúncia devo fazer?
           
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sábado

Exercícios Espirituais na Vida Cotidiana - Via Iluminativa - 2ª Etapa - 9ª Semana

 Discernimento

Nesta etapa faremos exercícios de discernimento.
Para o Padre Alberione, discernimento é o método para “distinguir aquilo que é de Deus daquilo que é nosso”. (AD 158).  

O que é?
É assumir a vontade de Deus. Diz Alberione: “A luta é entre o eu que quer adorar a si mesmo, louvando-se, amando-se, servindo a si mesmo em lugar de Deus; e Deus que quer conquistar a pessoa com a força do amor; ligá-la a si com laços de amor; comunicar-se e absorver a pessoa na Divindade, por amor” (DF 63).

Método paulino
Alberione indica Jesus como modelo para fazer a vontade do Senhor. Para ele, fazer a vontade de Deus é viver o verdadeiro amor ao Senhor. Fazer a vontade de Deus é o caminho mais seguro para a santidade.
"Assim fez Nosso Senhor Jesus Cristo. Toda a sua vida é uma tese. O título que a sintetiza está em Hb 10,7: "Eis-me aqui, ó Deus – no rolo do livro está escrito a meu respeito – para fazer a tua vontade". Isto é, a vida de Jesus Cristo pode ser sintetizada neste título: “Vida de quem fez perfeitamente a vontade de Deus”. Jo 4,34: “Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou”. Jo 8,29: “Eu faço sempre o que lhe agrada”. Jo 19,30: “Tudo está consumado", disse, concluindo a sua missão sobre a cruz.
Portanto, não buscar a nossa vontade, mas a vontade divina em cada coisa. A nossa vontade nos é dada para eleger a vontade divina: sempre, em tudo, com plena adesão e humildade." (DF 44-45).

Discernimento no método inaciano
Para Santo Inácio, discernimento é acolher as boas moções (as que vêm do bom espírito): consentir. Rejeitar as más moções (as que vêm do mau espírito); a estas repelir, resistir.
Santo Inácio fala de "moções espirituais" para fazer o discernimento. E nos convida a imaginar o nosso querer como uma vela acesa. O vento ou sopro pode inclinar a chama para um lado ou outro. A moção é espiritual porque é como um vento que afeta o meu querer, podendo direcioná-lo para um lado ou outro: para algo que é bom ou para algo que é mau. O discernimento me leva a buscar a boa moção, ou seja, a vontade de Deus.





Exercício de Discernimento
Nesta semana faço o exercício de discernimento sobre algum aspecto da minha vida (à escolha). Por exemplo: uma situação que me desagrada, uma decisão que devo tomar, um relacionamento que devo avaliar...

Roteiro
1° Faço a oração para descobrir a vontade de Deus.
Mestre: a tua vida me traça o caminho;
a tua doutrina confirma e ilumina os meus passos;
a tua graça me sustenta e me acompanha no caminho do céu.
Tu és perfeito Mestre:
dás exemplo, me ensinas
e me animas no teu seguimento.
( Bem-aventurado Tiago Alberione)
2º Coloco-me diante da minha própria vontade.
3° Reflito à luz da Palavra de Deus (ver a leitura para cada dia, abaixo).
4° Busco a vontade de Deus a partir da minha realidade e do que a Palavra me diz.
5º Escolho e decido pela vontade de Deus.
6º Faço a verificação (Exame diário). Anoto.

Pedido: Peço a graça de discernir qual é o Projeto de Deus para minha vida.


- Segunda-feira  - Rm 8, 26-30- Exercícios de discernimento na própria vida. (Utilizo o esquema abaixo).
- Terça-feira      - 1Cor 13 - O amor é a referência.
- Quarta-feira    - 1Ts 5,16-24  Atitudes recomendadas por Paulo.
Quinta-feira    - Ef 5,1-20 - Frutos da luz.
Sexta-feira      - Gl 5,13-25 As obras da carne.
Sábado            - Rm 8,35-39 - Deve prevalecer o amor de Deus.

Padre Alberione fez discernimento, continuamente, em sua vida.

Também em nossa vida, o discernimento deve ser freqüente. Devemos criar o hábito de fazê-lo nos acontecimentos grandes e rotineiros.
Esquema para anotar, a cada dia, os Exercícios de Discernimento:

1.Vontade pessoal: .........................................................................

2.Palavra de Deus: .........................................................................

3.Vontade de Deus: .......................................................................

No final da semana: 

4.Escolha e decisão: ......................................................................

Acompanhamento
5.Verificação periódica: ................................................................

sexta-feira

Exercícios Espirituais na Vida Cotidiana - Via Iluminativa - 2ª Etapa - 8ª Semana

 Jesus, encontrado no Templo aos 12 anos
e a vida escondida em Nazaré

Continuamos contemplando. Maria e José foram para Jerusalém comemorar a Páscoa, quando Jesus era adolescente de 12 anos.
Ao retornarem a Nazaré, Jesus foi tido pelos seus pais como “desaparecido”. Depois de um dia de viagem, deram falta dele. E só depois de três dias o encontraram no templo, em Jerusalém. Conversava com os doutores.
O que se passou no coração de Maria, mãe de Jesus, e de seu pai, foi muita aflição.
 Quando o encontraram, Maria disse:
“Meu filho, por que foi que você fez isso conosco? O seu pai e eu estávamos muito aflitos procurando você.´
E então Jesus diz as suas primeiras palavras narradas no Evangelho. Elas se referem ao Pai:
“Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa do meu Pai?”  
Essas palavras de Jesus não são sobre nenhum tema, mas referem-se à sua própria pessoa; e afirmam que Ele é o Filho de Deus, obediente à vontade do seu Pai que está no céu.
Depois, Jesus voltou com os pais a Nazaré e lhes era obediente. Crescia em sabedoria, idade e graça.

Pedido: Peço a graça  de ser sempre fiel à vontade do Pai.

Segunda-feira - Jo 1,1-4 - Nós vimos a sua glória (C )
Terça-feira - Lc 2,41-52 - Jesus encontrado no Templo aos 12 anos (C )
Quarta-feira - 1Jo 1,1-4- Nós o vimos e contemplamos
Quinta-feira - Sem texto bíblico - Jesus na vida escondida antes dos 12 anos ( C)
Sexta-feira - Fl 2,6-11 - "esvaziou-se, rebaixou-se" ( C)
Sábado - Gl 4,4-7- Deus enviou o seu Filho(C )

Para rezar ou cantar cada dia:
Se alguém está em Cristo é nova criatura.
É nova criatura se alguém está em Cristo (2Cor 5,17)

sábado

Exercícios Espirituais na Vida Cotidiana - Via iluminativa 2ª Etapa - 7ª Semana

 Apresentação no Templo, 
Adoração dos Magos,
Fuga e Retorno do Egito
 Depois da Apresentação no Templo e da Adoração dos Magos, José foi avisado em sonho por um anjo que devia fugir para o Egito, porque Herodes queria matar o Menino. O Evangelho diz que, muito dócil à vontade de Deus, “se levantou no meio da noite, pegou a criança e a sua mãe e fugiu para o Egito. E eles ficaram lá até a morte de Herodes”. Assim, a primeira terra de missão de Jesus foi o Egito, no grande continente da África. Lá permaneceram também como migrantes, exilados, sem parentes, sem casa, sem trabalho, sem nome. Ficaram no Egito até a morte de Herodes (que aconteceu nos primeiros três anos da vida de Jesus). O cruel e ambicioso Herodes mandou matar todos os meninos de Belém de dois anos para baixo, querendo matar entre os inocentes o Menino Jesus.
O que o texto diz para nós?
É preciso estar sempre atento para discernir qual é a vontade de Deus. Se preciso, abandonar um caminho e assumir outro menos atraente, porém mais coerente com a vida. Às vezes, é preciso viver no anonimato, no silêncio, para cumprir a vontade de Deus. Os bispos, na V Conferência, falaram várias vezes da situação dos migrantes e do papel da Igreja. " Entre as tarefas da Igreja a favor dos migrantes está indubitavelmente a denúncia profética dos atropelos que sofrem frequentemente, como também o esforço por incidir, junto aos organismos da sociedade civil, nos governos dos países, para conseguir uma política migratória que leve em consideração os direitos das pessoas em mobilidade. Deve ter presente também os deslocados pela violência. Nos países açoitados pela violência se requer a ação pastoral para acompanhar as vítimas e oferecer-lhes acolhida e capacitá-los para que possam viver de seu trabalho. 
Ao mesmo tempo, deverá aprofundar seu esforço pastoral e teológico para promover uma cidadania universal na qual não haja distinção de pessoas.

Os migrantes devem ser acompanhados pastoralmente por suas Igrejas de origem e estimulados a se fazer discípulos e missionários nas terras e comunidades que os acolhem, compartilhando com eles as riquezas de sua fé e de suas tradições religiosas. Os migrantes que partem de nossas comunidades podem oferecer uma valiosa contribuição missionária às comunidades que os acolhem. (DAp 414-415).

Pedido: Peço a graça de  estar atento/a  aos que se sentem "em terra estranha", deslocados, sem espaço..., acolhendo-os e valorizando-os.

Segunda-feira - Lc 2,25-35 - Apresentação de Jesus no Templo ( Contemplação )
Terça-feira - Lc 2,35-39 - Apresentação no Templo (C )
Quarta-feira - Mt 2,1-12 - Adoração dos Magos (C )
Quinta-feira - Mt 2,13-18 - Fuga para o Egito (C )
Sexta-feira - Mt 2,13-18 - Fuga para o Egito (C )
Sábado - Mt 2,19-23 - Retorno do Egito ( C )

Para rezar ou cantar cada dia:
Se alguém está em Cristo é nova criatura. É nova criatura se alguém está em Cristo .(2Cor 5,17)

Exercícios Espirituais na Vida Cotidiana - Via iluminativa 2ª Etapa - 6ª Semana

Visita dos pastores e a circuncisão
Via Iluminativa
GLÓRIA AO FILHO
Permitir que Jesus Cristo viva em nós.
O objetivo é chegar ao “todo Jesus em toda a pessoa”
Jesus - Verdade – santificação da mente.
Jesus - Caminho – santificação da vontade
Jesus - Vida – santificação do coração.
Pretendemos ser uma “pessoa nova em Cristo”
Este período nos  leva à  “conformação” a Jesus Cristo: 
Verdade e Caminho e Vida; 
de modo que possa emergir a “pessoa nova”. 

Visita dos pastores e a circuncisão
Tiago Alberione diz:
"Contemplação do presépio:
Jesus feito criança – homo factus.
Circunstâncias do nascimento: Pobreza, humildade, mortificação;
estes são requisitos para entrar na escola de Jesus " 
(Tiago Alberione, Donec Formetur, 41)

Pedido:  Peço a graça de contemplar Jesus Menino, com pureza de intenção, como diz Alberione: "em tudo depender de Deus, contar com Deus, mirar a Deus". (DF 45)

Nesta Semana somos convidados a fazer a Contemplação. Veja ao lado orientações.

Segunda-feira - Lc 2,1-7 - Nascimento de Jesus (C )
Terça-feira - Lc 2,1-7 - Repetição (C )
Quarta-feira - Lc 2,8-20 - Visita dos pastores ( C)
Quinta-feira - Lc 2,8-20 - Repetição
Sexta-feira - Lc 2,21-24 - Circuncisão de Jesus (C )
Sábado - Sem texto bíblico - Infância de Jesus (C )

Rezo com Alberione:
“E tu,  Jesus Menino,
Caminho, Verdade e Vida,
concede-nos a graça de 
amar-te e trabalhar para ti,
e a tua misericórdia fecunde todo meio de bem
e a comunicação ”.
(ALBERIONE, Tiago. L’Immacolata e il Natale,
 in Unione Cooperatori Buona Stampa, ano VI, n. 12, 15 de dez. de 1923, pp. 2-3)

Para rezar ou cantar cada dia:
Toda língua proclame Jesus Cristo é Senhor Para a glória de Deus Pai  (Fl 2,11)  
CD Palavras Sagradas de Paulo Apóstolo, Faixa 16, COMEP.

Para ajudar na reflexão 
HOMILIA DO PAPA EMÉRITO BENTO XVI
(26 de de dezembro de 2012)

O esplendor de Deus pode nos assustar, mas a realidade de um Deus que se torna bebê e "se confia às nossas mãos" para que "ousemos amá-lo" continua a nos comover. Com estas palavras, o papa Bento XVI abriu a homilia da missa da véspera de natal na basílica vaticana.

Assim como Maria e José procuraram abrigo para dar à luz o filho e não encontraram, também pode ser que o nosso coração se veja muitas vezes despreparado para receber a Deus. "Temos tempo e espaço para ele? Não será que rejeitamos nós também o próprio Deus?", perguntou o Santo Padre.

A resposta é paradoxal: "Quanto mais rápido nos movemos, quanto mais eficazes são as ferramentas que nos ajudam a economizar tempo, menos tempo temos à nossa disposição" para dedicar a Deus. E mesmo quando Ele "parece bater à porta do nosso pensamento", tendemos a afastá-lo.

Estamos "cheios de nós mesmos", disse o papa, a ponto de não deixar espaço para Nosso Senhor. "Queremos nós mesmos, queremos as coisas que podemos tocar, a felicidade experimentável, o sucesso dos nossos projetos pessoais e das nossas intenções".

Da mesma forma, não há espaço em nossas vidas "para o outro, para as crianças, para os pobres, para os estranhos". A nossa oração deve nos deixar "alertas para captar a sua presença", para que "em nossos corações surja um espaço para ele" e "possamos reconhecê-lo naqueles por trás de quem ele se apresenta para nós: nas crianças, nos que sofrem, nos abandonados, nos marginalizados e nos pobres deste mundo".

Bento XVI destacou ainda outro aspecto importante das leituras de natal: o hino de louvor cantado pelos anjos, que entoam "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados".

A alegria dos anjos no céu indica que Deus é "luz pura", é "o bem por excelência", e, por esta alegria, "todos queremos ser tocados". "Deus é bom. Ele é o poder supremo, acima de todos os poderes. Este fato deve nos levar a desfrutar desta noite, juntamente com os anjos e com os pastores".

Se não se der glória a Deus, se Ele for "esquecido e até mesmo negado," será negada também a paz. Permanecem hoje, no entanto, correntes de pensamento que consideram as religiões, especialmente as monoteístas, como portadoras de "intolerância" e de "violência".

É verdade que, ao longo da história, vimos "deturpações do sagrado" e "mau uso da religião", o que ocorre "quando um homem acredita que deve assumir ele mesmo a causa de Deus, tornando Deus sua propriedade privada".

A rejeição de Deus, porém, levou a resultados ainda piores, não só contra a paz, mas contra a própria dignidade do homem. "Somente se a luz de Deus brilhar no homem e sobre o homem, somente se cada homem foi querido, conhecido e amado por Deus, só então, por mais miserável que seja a sua situação, a sua dignidade será inviolável", disse o papa.

É graças à encarnação de Deus no Menino de Belém que, ao longo dos séculos, houve sempre "novas forças de reconciliação e de bondade. Na escuridão do pecado e da violência, esta fé trouxe um raio luminoso de paz e de bondade que continua a brilhar".

A oração do papa pediu também o presente da paz: "Que, em vez de armas para a guerra, haja auxílios para quem sofre. Iluminai as pessoas que acreditam que têm de exercer a violência em vosso nome, para que aprendam a entender o absurdo da violência e a reconhecerem a vossa face verdadeira".

Quando os anjos se retiraram de Belém, os pastores exortaram uns aos outros a irem até lá. "Vamos a Belém", dizem eles. Na versão latina, o verbo é trans-eamus: um "ultrapassar", explicou o papa, "com que saímos dos nossos hábitos de pensamento e de vida e ultrapassamos o mundo puramente material para chegar ao essencial, rumo àquele Deus, que, por sua vez, veio até aqui, rumo a nós".

Belém faz parte da nossa oração não somente como o lugar de nascimento de Nosso Senhor, mas também para que naquela terra "os israelenses e os palestinos possam viver na paz do único Deus e na liberdade". A mesma oração se volta ainda a países como o Líbano, a Síria e o Iraque, para que os cristãos naquelas nações "conservem o lar" e, com os muçulmanos, convivam "na paz de Deus".

Os pastores "se apressaram", disse o Santo Padre. Uma solicitude motivada pela "santa curiosidade e pela santa alegria", que hoje, talvez, "ocorre muito raramente", porque Deus não faz mais parte das "realidades urgentes".

Apesar de tudo, ele é "a realidade mais importante" e devemos orar "para que a santa curiosidade e a santa alegria dos pastores toquem também a nós", concluiu Bento XVI.


sexta-feira

Exercícios Espirituais na Vida Cotidiana - 2ª Etapa- 5ª Semana

Via Iluminativa
GLÓRIA AO FILHO
Permitir que Jesus Cristo viva em nós

Já vivenciamos as quatro semanas da 1ª etapa: Via Purificativa.
Agora, passamos para a 2ª Etapa; Via Iluminativa, que vai da 5ª à 20ª semanas.
Os Exercícios são feitos com o Método Paulino Verdade Caminho e Vida, com a Leitura Orante e a Contemplação. Exercitaremos também o Discernimento.
Na coluna, do lado direito, você pode ver a técnica de cada um destes métodos
Tudo isso requer muitos exercícios e muita oração.

Uma pessoa nova!

Iniciamos com o caminho da Encarnação de Jesus.
O Espírito fará crescer Jesus em mim, em nós.
O objetivo é chegar ao “Todo Jesus em toda a pessoa”
Jesus - Verdade – santificação da mente.
Jesus - Caminho – santificação da vontade
Jesus - Vida – santificação do coração.
Pretendemos ser um “pessoa nova em Cristo”
Este período deve nos levar à “conformação” a Jesus Cristo: Verdade e Caminho e Vida;
de modo que possa emergir a “pessoa nova”.

5ª SEMANA: O caminho da Encarnação
Pedido: Peço o dom do “estado de graça”. Alberione diz: 
“Graça significa amizade, intimidade com Deus” (DF 46). Como viveu Maria.
Segunda-feira - Mt 1,18-26 - Anúncio do nascimento de Jesus, Deus conosco
Anotar:
Verdade –

Caminho –

Vida -
Terça-feira - Jo 1,1-18 - Contemplação da Encarnação
Anotar:

Quarta-feira - Lc 1,26-38 - Contemplação do Anúncio (C )
Anotar:

Quinta-feira - Repetir um dos textos anteriores
Anotar:

Sexta-feira - Lc 1,39-56 - Contemplação da Visitação (C )
Anotar:

Sábado - Lc 1,47-55 - O Cântico de Maria
Anotar:

sábado

Exercícios Espirituais na Vida Cotidiana- 1ª Etapa - 4ª Semana

   O pecado e a conversão.
 Retorno ao Pai.
Determinação especial a cumprir bem a vontade de Deus.
Reordenar a vida.
Somos argila nas mãos de Deus.
São Paulo diz:
“Ele é quem nos fez.
Nós somos criados em Jesus Cristo para as boas obras”
(Ef 1,10)
O que é pecado?  A grande pergunta.
O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a reta consciência. Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC), é uma falha contra o verdadeiro amor para com Deus e para com o próximo, por causa dum apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e atenta contra a solidariedade humana. Foi definido como uma palavra, um ato ou um desejo contrários à Deus.
O pecado é uma ofensa a Deus: «Pequei contra Vós, só contra Vós, e fiz o mal diante dos vossos olhos» (Sl 51, 6). O pecado é contrário ao amor que Deus nos tem e afasta d'Ele os nossos corações. É, como o primeiro pecado, uma desobediência, uma revolta contra Deus, pela vontade de os homens se tornarem «como deuses», conhecendo e determinando o que é bem e o que é mal (Gn 3, 5). Assim, o pecado é «o amor de si próprio levado até ao desprezo de Deus». Por esta exaltação orgulhosa de si mesmo, o pecado é diametralmente oposto à obediência de Jesus, que realizou a salvação.
Deus quer que reconheçamos os nossos pecados. Mesmo os que nunca assassinaram ou cometeram adultério serão condenados por mentir, ou por cultuar falsos ídolos, como os ídolos da riqueza ou de poder, ao invés de adorar a Deus apenas.
(Cf. CIC 1849-1850).

Reflexão sobre os caminhos de Deus
O catecismo da Igreja Católica (CIC) nos orienta nos caminhos de Deus.
O decálogo, o sermão da montanha e a catequese  descrevem-nos os caminhos que conduzem ao Reino dos céus. Por eles avançamos, passo a passo, pelos atos de cada dia, amparados pela graça do Espírito Santo. Fecundados pela Palavra de Cristo, pouco a pouco, damos frutos na Igreja para a glória de Deus.
Deus criou o homem racional, conferindo-lhe a dignidade de pessoa dotada de iniciativa e do domínio dos seus próprios atos.

A pessoa é um ser livre
O homem é racional e, por isso, semelhante a Deus, criado livre e senhor dos seus atos.
A liberdade é o poder, radicado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, praticando assim, por si mesmo, ações deliberadas. Pelo livre arbítrio, cada qual dispõe de si. A liberdade é, no homem, uma força de crescimento e de maturação na verdade e na bondade. E atinge a sua perfeição quando está ordenada para Deus.

Enquanto se não fixa definitivamente no seu bem último, que é Deus, a liberdade implica a possibilidade de escolher entre o bem e o mal, e portanto, de crescer na perfeição ou de falhar e pecar. É ela que caracteriza os atos propriamente humanos. Torna-se fonte de louvor ou de censura, de mérito ou de demérito.
Quanto mais o homem fizer o bem, mais livre se torna. Não há verdadeira liberdade senão no serviço do bem e da justiça.

O que leva a pecar
A opção pela desobediência e pelo mal é um abuso da liberdade e conduz à escravidão do pecado.
Uma intenção boa (por exemplo: ajudar o próximo) não torna bom nem justo um comportamento em si mesmo desordenado (como a mentira e a maledicência). O fim não justifica os meios. Assim, não se pode justificar a condenação dum inocente como meio legítimo para salvar o povo. Pelo contrário, uma intenção má acrescentada (por exemplo, a vanglória) torna mau um ato que, em si, pode ser bom (como a esmola)

Presente no coração da pessoa, a consciência moral leva-a, no momento oportuno, a fazer o bem e a evitar o mal. E também julga as opções concretas, aprovando as boas e denunciando as más. Ela atesta a autoridade da verdade em relação ao Bem supremo, pelo qual a pessoa humana se sente atraída e cujos mandamentos acolhe. Quando presta atenção à consciência moral, o homem prudente pode ouvir Deus a lhe falar. (Cf. CIC 1724-1777).



Pedido: Peço a graça de uma contínua conversão ao amor de Deus.

Segunda-feira           Gn 3,1-24            O pecado de Adão e Eva 
Terça-feira               Jer 7,3-11             O pecado - ruptura com Deus 
Quarta-feira             Bar 1,15-22          O pecado: ser surdo a Deus
Quinta-feira             Ez 36,25-28           Dá-me um coração novo
Sexta-feira              Sl 51 (50)               Pequei, Senhor, misericórdia
Sábado                   Is 64, 5-8               Somos argila

Virtudes
Podemos nos examinar, à luz da Palavra de Deus e das virtudes.
A virtude é uma disposição habitual e firme para praticar o bem.

As virtudes humanas são disposições estáveis da inteligência e da vontade, que regulam os nossos atos, ordenam as nossas paixões e guiam o nosso procedimento segundo a razão e a fé. Podem ser agrupadas à roda das quatro
 Virtudes cardeais
 prudência, justiça, fortaleza e temperança.

A prudência dispõe a razão prática para discernir, em todas as circunstâncias, o verdadeiro bem e para escolher os justos meios de o realizar.

 A justiça consiste na constante e firme vontade de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido.

 A fortaleza assegura, no meio das dificuldades, a firmeza e a constância na prossecução do bem.

 A temperança modera a atracção dos prazeres sensíveis e proporciona equilíbrio no uso dos bens criados.

 As virtudes morais desenvolvem-se pela educação, por atos deliberados e pela perseverança no esforço. A graça divina purifica-as e eleva-as.

 As virtudes teologais dispõem os cristãos para viverem em relação com a Santíssima Trindade. Têm, Deus por origem, motivo e objecto – Deus conhecido pela fé, esperado e amado por si mesmo.
 
Virtudes teologais

São três as virtudes teologais: fé, esperança e caridade. Informam e vivificam todas as virtudes morais.

Pela fé, cremos em Deus e em tudo quanto Ele nos revelou e a santa Igreja nos propõe para acreditarmos.

Pela esperança, desejamos e esperamos de Deus, com firme confiança, a vida eterna e as graças para a merecer.

Pela caridade, amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. A caridade é o «vínculo da perfeição» (Cl 3, 14) e a forma de todas as virtudes.


 Os sete dons do Espírito
Os sete dons do Espírito Santo, concedidos aos cristãos, são: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus.  (Cf. CIC 1834-1845).